Redução das emissões de gases de efeito estufa foi observada nos Estados Unidos, China e Itália como consequência da menor atividade econômica.
Em Nova York, as emissões de monóxido de carbono oriundas de automóveis diminuiu 50% em comparação ao ano passado, segundos dados de pesquisadores da Universidade de Columbia revelados à BBC. Faz sentido, já que o tráfego da cidade caiu em 35% com a chegada do coronavírus. Além do monóxido de carbono, pesquisadores descobriram que o dióxido de carbono diminuiu em até 10% e o metano também apresentou quedas – ambos são gases de efeito estufa que intensificam o aquecimento global.
Na China, epicentro da pandemia, as emissões de CO2 diminuíram 25% em um período de apenas duas semanas, o que pode resultar em uma redução de 1% do valor de 2020, segundo estimativas. E os níveis de NO2, um outro gás de efeito estufa, também caíram. (...)
Novos dados mostram que a Itália – (...) – também viu seus níveis de poluição caírem drasticamente, como consequência do isolamento social obrigatório e o fechamento de estabelecimentos e fábricas. O satélite Copernicus Sentinel-5P, da Agência Espacial Europeia (ESA), capturou essa queda nas emissões de dióxido de nitrogênio. (...)
Não é incomum que emissões de gases poluentes diminua em períodos de incerteza, devido a redução da atividade econômica. Mas elas sempre voltam a subir, às vezes mais rapidamente do que o normal. Após a crise financeira de 2008, por exemplo, as emissões de carbono subiram 5% repentinamente, como resultado dos estímulos financeiros dados ao setor de combustíveis.
Publicação compartilhada de Super Interessante Por Bruno Carbinatto - Atualizado em 25 mar 2020, 14h23 - Publicado em 21 mar 2020, 10h51
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